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Por Greyci Girardi, Redatora na Way2 | 11 setembro, 2019 | 0 Comentário(s)

Como os alarmes ajudam no monitoramento de energia

Os alarmes facilitam a gestão como um todo, funcionando como grandes aliados na tomada de decisões de forma assertiva e mantêm as empresas que buscam eficiência energética próximas dos seus objetivos.

alarmes para monitoramento de energia

Quando uma empresa faz gestão de energia, está buscando, basicamente, eficiência energética e redução de custos operacionais. A tecnologia oferece uma série de ferramentas e aplicativos que facilitam a obtenção de eficiência energética nas organizações e simplificam os processos de gestão, otimizando os resultados esperados.

Dentre as soluções existentes, estão os softwares de monitoramento de energia em tempo real, função que traz diversos benefícios e apoia o planejamento da gestão, a definição de metas e o alcance dos objetivos. As melhores versões vão além e trazem, juntamente com os recursos de monitoramento do consumo, sistemas de alarmes que podem ser peças chaves no atingimento de metas operacionais e na prevenção de desperdício de recursos.

Esses softwares, de modo geral, emitem notificações e alarmes automáticos quando identificam anomalias ou desvios que mereçam a atenção das equipes de gestão. E seus alertas são emitidos em tempo hábil para a tomada de decisões e a adoção de providências que corrijam a situação e evitem prejuízos.

É por isso que os alarmes facilitam a gestão e a tomada de decisões: porque permitem o conhecimento de situações indesejadas a tempo de que elas possam ser revertidas e seus malefícios possam ser evitados ou gerenciados.

Que tipo de anomalia ou desvio os alarmes notificam e no que isso pode ajudar?

Como dito, alguns softwares de monitoramento geram notificações automáticas de situações anômalas, podendo ser falhas operacionais ou desvios em indicadores relevantes, que representem problemas a serem sanados.

Dessa forma, pode-se receber alertas sobre falhas em geradores utilizados no horário de ponta, baixo fator de potência, consumo próximo das metas definidas pela gestão, ultrapassagem da demanda contratada, consumo muito alto em períodos do dia em que isso não deveria ocorrer, entre outras situações que podem gerar, além de transtornos operacionais, acréscimos na fatura mensal de energia e despesas com penalidades e multas.

Vamos entender em mais detalhe alguns exemplos de situações em que os alarmes são grandes aliados da gestão de energia.

Gerador não entrou em operação no horário de ponta?

Um dos fatores que impactam de forma significativa a fatura é o consumo no chamado horário de ponta, quando ocorrem picos de demanda por energia elétrica no país. São três horas consecutivas ao dia, que podem variar entre diferentes estados do Brasil, e durante essas horas o consumo tende a ser maior. As tarifas para a energia consumida nessas faixas de horário são mais elevadas.

Além do horário de ponta, a divisão adotada pelas concessionárias inclui  horários intermediários e horários fora de ponta. A diferenciação tarifária é uma forma de incentivar empresas e indústrias a usarem energia fora dos horários de pico, alcançando economia na fatura mensal e com isso contribuindo para não sobrecarregar o sistema elétrico.

Assim, há organizações que planejam sua logística para que máquinas e equipamentos de maior consumo sejam usados prioritariamente fora do horário de ponta. Há outras, por sua vez, que acionam gerador próprio nessa faixa de horário. Porém, havendo qualquer falha na operação do gerador, a economia prevista não se concretizará, pois se ele não opera, a energia consumida será aquela distribuída pela rede, justamente nos horários que esse consumidor buscava evitar.

Isso não será um problema para as empresas que possuam soluções de monitoramento que possam notificar a ocorrência de falhas no gerador. Sabendo que o gerador não está correspondendo ao esperado, a empresa consumidora pode rapidamente adotar as medidas cabíveis para sanar o desvio e assim prevenir o consumo da energia, mais cara, no horário de ponta.

Está perto da meta de consumo? Ou ultrapassando a demanda contratada?

Na gestão de energia, operar dentro das metas de consumo é condição para que a eficiência energética seja uma realidade e que outros resultados sejam alcançados. Da mesma forma, limitar-se à demanda contratada também é um requisito de eficiência operacional e de boa gestão.

Ao ultrapassar a demanda contratada em mais de 5%, as empresas não apenas pagam uma fatura mais alta, como também uma penalidade pelo montante ultrapassado. Nesse caso, a tarifa do quilowatt será três vezes mais alta. E é comum uma empresa registrar diversos episódios de ultrapassagem da demanda contratada ao longo de um ano, com reflexo expressivo do valor das multas sobre a receita anual.

Os alarmes também são uma solução para esses casos. As empresas podem receber notificações automáticas quando o seu consumo estiver perto de chegar às metas estabelecidas ou perto de ultrapassar a demanda contratada. Os alertas são emitidos em tempo hábil para a tomada de decisões sobre os recursos disponíveis e para a definição de providências visando ao cumprimento dos limites estabelecidos e prevenindo, assim, penalidades e resultados abaixo do previsto.

Seu fator de potência está muito baixo?

O fator de potência demonstra se uma empresa está consumindo energia de forma adequada ou não. Ele resulta de uma relação entre a energia ativa, aquela que realmente motiva o funcionamento das máquinas e equipamentos, e a energia aparente ou total, que é a soma da energia ativa e da reativa.

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) determina que o fator de potência deve ser mantido o mais próximo possível de 1, tolerando um mínimo de 0,92. Abaixo desse mínimo, o consumidor passa a pagar um ajuste na fatura. Quanto maior o consumo de energia reativa para o mesmo consumo de energia ativa, mais baixo fica o fator de potência e maior será o impacto sobre a conta.

O fator de potência baixo pode desencadear ainda aumento das perdas elétricas internas, queda de tensão, redução no aproveitamento da capacidade dos transformadores e condutores aquecidos. Mantê-lo dentro do limite é, portanto, uma solução para reduzir perdas elétricas, diminuir riscos de acidentes elétricos, além de evitar o acréscimo na fatura de energia.

Os sistemas de alarmes conseguem notificar as empresas consumidoras de desvios no fator de potência, permitindo que elas corrijam esses desvios e mantenham o limite estabelecido. Previnem, assim, os acréscimos na fatura e os demais prejuízos mencionados.

A tecnologia dos alarmes para monitoramento de energia

Como em qualquer processo de gestão, na gestão de energia deve-se buscar soluções e ferramentas que otimizem as atividades em si e que também favoreçam o alcance dos resultados planejados.

O monitoramento de energia em uma empresa já é um grande passo dado por qualquer organização que busca eficiência energética e redução no consumo. Se, além disso, a solução adotada disponibilizar entre suas funcionalidades os sistemas de alertas para anomalias e desvios operacionais, certamente os resultados serão potencializados.

Sabendo em tempo hábil as falhas e desvios, gestores têm em mãos o que precisam para gerenciar recursos e providências que irão normalizar as operações do negócio. Assim, garantem a eficiência operacional e previnem desperdícios que poderiam se refletir negativamente nos custos.

Os alarmes facilitam a gestão como um todo, funcionando como grandes aliados na tomada de decisões de forma assertiva e mantêm as empresas que buscam eficiência energética próximas dos seus objetivos.

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