Assunto em alta no setor elétrico, o PLD Horário está longe de ser um consenso. Especialistas apontam vantagens e preocupações e agentes tentam identificar como se adequarão ao novo cenário.
Diante de toda a discussão, é importante entender o que realmente muda, que impacto essas mudanças acarretam e qual o melhor posicionamento diante do novo modelo do PLD energia.
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) é calculado para valorar a energia liquidada no Mercado de Curto Prazo. Onde são contabilizadas e liquidadas as diferenças entre a energia contratada e os montantes realmente gerados ou consumidos pelos agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Atualmente, o PLD funciona da seguinte forma:
O modelo vigente foi construído para uma matriz com alta predominância das fontes hidráulicas, em que há menor variação e maior previsibilidade.
Com o aumento da participação de fontes renováveis intermitentes na matriz energética brasileira, como a solar e a eólica, veio a iniciativa da Câmara de Comercialização de mudar a forma de cálculo, para trazer mais flexibilidade e competitividade ao setor.
A principal diferença é que a energia no Mercado de Curto Prazo será precificada diariamente e em base horária, deixando de ser calculada em frequência semanal e em patamares (pesada, média e leve). Os benefícios esperados do PLD Horário são:
Já em relação às preocupações que cercam a mudança, alguns agentes questionam se o setor está pronto e maduro o suficiente para a transição. Há o entendimento de que é preciso modernizar o setor elétrico, mas há dúvidas sobre o momento ideal de se aplicar o novo cálculo.
Alguns agentes apontam também que usinas com geração maior de madrugada, por exemplo, seriam prejudicadas, pois o preço calculado em base horária tenderia a ser menor devido à baixa demanda.
Ainda carece de confiança também, entre parte dos agentes, o programa computacional que irá fazer os cálculos do PLD Horário, o Dessem, desenvolvido pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP).
Espera-se, além da credibilidade nos preços calculados, que haja transparência na formação dos valores.
Justamente por causa das incertezas sobre o melhor momento para colocar em vigência o PLD horário e sobre a segurança dos cálculos feitos pelo Dessem, a CCEE implantou, desde dezembro de 2018, o “Preço Sombra”, um período de teste do PLD horário, enquanto o mercado continua operando com o preço semanal por patamar.
Assim, a CCEE faz e publica a contabilização “sombra” do PLD do dia seguinte e em base horária, ao mesmo tempo em que mantém o cálculo semanal oficial. Com isso, os agentes podem observar como se comporta o novo modelo e avaliar os impactos da mudança sobre os seus negócios.
Como dito, ainda se está longe de haver um consenso sobre os prazos para adoção do PLD horário no Brasil e sobre alguns regramentos que incidirão sobre o novo modelo, inclusive na comercialização da energia.
Para os grandes consumidores, a mudança poderá representar oportunidades, desde que haja maturidade no processo de tomada de decisão na gestão de energia e um adequado planejamento que leve em consideração todas as variáveis do novo modelo.
O setor elétrico passa por transformações e sua modernização pode ser acompanhada de novos negócios, para aqueles que souberem se adequar e planejar.
Reduzir custos sem comprometer as operações de um negócio e os seus resultados é uma das diretrizes a perseguir quando se pretende ser competitivo e sustentável no mercado. E um dos custos que mais impacta o orçamento das organizações e que pode fazer a diferença em um planejamento que busca maior competitividade e rentabilidade é o da energia.
No Brasil, a tarifa de energia elétrica superou a inflação em quase 50% nos últimos vinte anos. Em 2017, já era a sexta mais cara do mundo, segundo um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. A entidade aponta ainda que a energia elétrica é o principal insumo em 79% das empresas do setor industrial. O que representa mais de 40% dos custos de produção em alguns segmentos.
No varejo, equivale de 1 a 2% do faturamento de supermercados e shopping centers, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. A Associação Brasileira de Supermercados indica que ela é a segunda despesa mais alta do setor, perdendo apenas para a folha de pagamentos.
Nenhum nicho de negócio, portanto, está livre de repensar o custo da energia em suas operações. Sendo um insumo operacional tão importante, gerenciá-lo de forma inteligente pode trazer uma economia relevante para o negócio. Além de melhorar de forma significativa a sua competitividade.
Neste artigo, você vai conhecer o conceito de gestão de energia e como aplicar boas práticas de gerenciamento deste insumo nas empresas com alternativas para redução de custos, como aplicar o ISO 50.001 e utilizar softwares e tecnologia para garantir a eficiência do seu planejamento.
Não existe uma fórmula mágica de gestão que possa ser aplicada em todo o tipo de empresa. A definição das melhores estratégias para cada negócio dependerá do perfil de consumo de cada organização. Bem como seus pontos de ineficiência, oportunidades de melhoria e necessidades operacionais. Podendo envolver aspectos diversos, como o melhor ambiente para a contratação de energia, enquadramento tarifário, alterações contratuais, geração própria, entre outros.
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Antes de começarmos a falar sobre como a gestão de energia elétrica acontece na prática, precisamos alertar: sua gestão energética jamais será efetiva se o seu negócio não operar com eficiência energética. Isso porque um dos principais resultados do gerenciamento desse insumo é justamente utilizá-lo de forma inteligente.
Eficiência energética é realizar determinadas tarefas ou processos com um consumo de energia menor do que o habitual. Ou seja, atingir o mesmo resultado, ou até resultados melhores, com um gasto de energia menor do que aquele que se costumava ter ao fazer a mesma atividade.
De forma simples e resumida, é produzir mais, ou pelo menos a mesma coisa, tendo um gasto de energia menor. Por exemplo: a sua empresa consome uma quantidade de energia para a operação da loja, mas aplicando um plano de eficiência energética, ela conseguirá operar da mesma forma gastando menos e consumindo menos.
Um dos caminhos mais seguros para se alcançar eficiência energética é fazer gestão de energia. Afinal, se uma organização reduz o consumo, seja porque identifica e anula focos de desperdício, seja porque otimiza processos, ela consequentemente passa a ter maior eficiência.
O primeiro diferencial de uma empresa que adota um software de gestão de energia é que o seu consumo passa a ser monitorado de forma ininterrupta, automatizada e em tempo real, sem depender de qualquer intervenção humana.
O software registra e processa os dados do consumo de forma automática, emite relatórios gerenciais e fornece indicadores estratégicos aos gestores. Assim, oferece uma visão coesa sobre o desempenho energético da empresa e apontando seus gargalos operacionais. Tudo isso com mais segurança e confiabilidade, já que um software não está sujeito aos erros e limitações de um controle manual feito com planilhas eletrônicas. Além de monitorar o consumo, os softwares de gestão de energia elétrica automatizam e facilitam outras rotinas de gestão. E acabam tornando as decisões voltadas à eficiência energética mais assertivas, graças a alguns recursos adicionais trazidos por essas plataformas, como:
Sistemas de alertas: avisam a ocorrência de anomalias, falhas e desvios em indicadores relevantes. Entre as anomalias notificadas pelos alarmes estão: falhas em geradores utilizados no horário de ponta, baixo fator de potência, consumo próximo das metas definidas, ultrapassagem da demanda contratada, entre outras situações que podem acarretar ineficiência, acréscimos nas faturas e despesas com penalidades e multas;
Gestão de faturas: softwares são capazes de fazer, de forma automatizada, a coleta, processamento e auditoria para validação das faturas. Eles identificam erros de cálculo para contestação de contas e recuperação de créditos tributários e apontam desvios relevantes de consumo para a tomada de ações corretivas;
Simulação de cenários: o histórico de consumo registrado pela tecnologia possibilita a projeção de cenários e dá ao gestor mais segurança na hora de dimensionar o uso de equipamentos, definir o melhor enquadramento tarifário, escolher o ambiente para a contratação de energia, calcular a demanda a ser contratada, entre outras decisões.
Medições segmentadas: além de ter a visão do consumo no “todo”, os softwares de gestão fazem medições individualizadas, por lojas, setores ou unidades do negócio. Com elas, é possível comparar performances e desempenhos, acompanhar metas de redução e direcionar ações de eficiência energética aos locais mais críticos.
A soma desses recursos facilita a gestão e orienta decisões estratégicas. E o potencial de resultados que um software traz pode ser aumentado com a contratação de uma consultoria em gestão de energia.
A soma de esforços de uma solução tecnológica e de uma consultoria especializada traz resultados surpreendentes. Isso porque uma consultoria tem conhecimento técnico e experiência necessária para orientar a tomada de decisão dos seus clientes. Além de ajudá-los a definir as melhores estratégias para um projeto de eficiência energética.
Uma consultoria, entre outras ações, auxilia:
Outra boa prática presente em qualquer processo de gestão energética é usar como ferramenta de gestão o famoso ciclo PDCA. Você já deve ter ouvido falar nele, um ciclo de gestão em quatro passos que orienta o controle e a melhoria contínua de processos nas empresas. Na gestão de energia elétrica, você não irá fugir de utilizar um PDCA, compreendendo as seguintes etapas:
Plan: na fase de planejamento, são definidos objetivos e metas de redução de consumo e as ações necessárias para concretizá-los, como a aquisição de novas tecnologias, substituição de equipamentos, geração de energia própria, entre muitas estratégias possíveis. É importante definir também indicadores de desempenho que permitam o acompanhamento sistemático do consumo e dos objetivos traçados.
Do: esse é o momento de realizar que foi planejado, atacando pontos de ineficiência e aproveitando oportunidades de economia mapeadas. Não se esqueça de registrar os indicadores de cada ação realizada para poder avaliar continuamente os resultados obtidos e corrigir os rumos quando necessário.
Check: a terceira etapa do ciclo é muito importante para manter resultados e corrigir desvios. Deve-se analisar e verificar resultados, identificar tendências futuras e constantemente avaliar a adequação do planejamento.
Act: com base nos indicadores e resultados avaliados na etapa anterior, é hora de agir para redirecionar o que for necessário com ações corretivas e aproveitar novas oportunidades identificadas para uma melhoria contínua do processo de gestão.
Como forma de assegurar uma gestão energética mais sólida e sistematizada e facilitar o processo de gestão, algumas empresas optam por se certificar na ISO 50001, norma internacional para Sistemas de Gestão de Energia. Ela define diretrizes e requisitos que precisam ser atendidos para que uma empresa seja certificada. Ao atender esses critérios, as organizações, naturalmente, fazem gestão energética.
Isso não significa que é necessário se certificar para fazer gestão energética. A gestão pode ser alcançada por qualquer organização que esteja disposta a obter eficiência energética e melhorar o seu desempenho operacional. A norma é apenas uma ferramenta a mais, para simplificar e facilitar o processo de gestão.
Para a ISO 50001, um Sistema de Gestão de Energia envolve uma política energética, objetivos energéticos e processos para alcançar esses objetivos, que devem ter como premissa reduzir o consumo, aumentar a eficiência e usar a energia de forma adequada.
A norma define ainda que as empresas devem monitorar dados do consumo de energia permanentemente para a tomada de decisões (já falamos de monitoramento, lembra?) e buscar a melhoria contínua do seu sistema. Por isso, ela também prevê a adoção do ciclo PDCA nas empresas certificadas.
Falamos ao longo do post que um planejamento assertivo para a gestão energética é aquele construído de forma personalizada, com base em indicadores confiáveis sobre o consumo das organizações.
Mas se você gostaria de saber quais são as ações comumente adotadas pelas organizações que fazem gestão energética e estão implantando projetos de eficiência energética em suas empresas, vamos elencar aqui algumas delas. Saiba que elas vão muito além de trocar luminárias e aparelhos de ar condicionado, apesar de essa também ser uma ação que resulta em economias expressivas.
Substituição de equipamentos: equipamentos modernos, desde lâmpadas e climatizadores, até máquinas e motores, tendem a ser mais eficientes e a consumirem menos energia. Em alguns casos, a substituição não é necessária e pode-se optar por um retrofit, que prolonga a vida útil dos equipamentos e pode melhorar sua performance.
A infraestrutura é um ponto relevante no orçamento de empresas do varejo, por exemplo, onde o consumo de energia, como regra geral, está ligado à iluminação, à climatização e à infraestrutura de máquinas e motores, especialmente sistemas de refrigeração. Nos supermercados, os sistemas de refrigeração podem ser responsáveis por até 40% do consumo total de energia. A atenção sobre esse item, portanto, deve ser máxima.
Rotinas de manutenção: estudos indicam que uma empresa pode reduzir seu consumo de energia em até 10% apenas com o esforço de manutenção preventiva. Além de garantir maior durabilidade e melhor desempenho de máquinas, uma rotina de manutenções evita custos com reparos e sobrecargas.
Manter o fator de potência dentro dos limites: há empresas que pagam milhares de reais em multa simplesmente porque não monitoram o fator de potência. Assim, não identificam desvios quando eles ocorrem e deixam de tomar as medidas corretivas necessárias para evitar penalidades.
Administrar o consumo no horário de ponta: há diversas ações para gerenciar o consumo no horário de ponta, como acionar geradores próprios nessa faixa de horário e otimizar o consumo com a escolha do melhor modelo tarifário. A escolha da estrutura tarifária ideal pode representar economias de mais de 20% na fatura.
Adequação da demanda contratada: um contrato subdimensionado ou superdimensionado representa prejuízo e custos mal gerenciados. Quando subdimensionado, a empresa paga o excedente de contrato, além de multa. Quando superdimensionado, há uma sobra de contrato ao longo do mês e paga-se mais do que de fato é demandado da rede.
Escolha estratégica do ambiente de contratação: empresas elegíveis ao Mercado Livre de Energia devem fazer uma análise da viabilidade econômica de migrar para esse ambiente de negócios. Além de terem acesso a tarifas mais vantajosas, os agentes do Mercado Livre negociam as condições de compra e aproveitam os benefícios da previsibilidade financeira, pois sabem de antemão quais serão seus custos em longo prazo, já que eles estão estipulados em contrato.
Agora que você já entendeu o que é gestão de energia e o que fazer, confira as vantagens que ela pode trazer para o seu negócio:
Economia e gestão energética caminham juntas, já que a redução de custos é um dos seus principais benefícios. Essa redução aparece de duas formas: na fatura de energia elétrica e no volume de energia necessário a uma unidade operacional, já que, com a gestão de energia, se alcança maior eficiência energética.
Há uma série de medidas que permitem identificar e eliminar fontes de desperdícios e incorporar de vez uma cultura organizacional de uso consciente e cuidadoso de energia.
A redução de custos e a otimização de processos aumenta a competitividade de uma empresa. Mais competitiva, aumenta a geração de riqueza que, por sua vez, pode ser investida para ampliar a capacidade do negócio. Isso promove, consequentemente, ainda mais competitividade.
Quanto mais energia uma empresa consome, maior o risco de que a oscilação das tarifas ou o déficit possam afetar suas operações. Com a gestão energética, esse risco pode ser minimizado, pois se obtém maior previsibilidade de demanda.
Com a redução do consumo, diminui a necessidade de expansão do sistema elétrico e com isso se evitam impactos ambientais na implantação de novos empreendimentos. A gestão energética deve fazer parte das prioridades de qualquer negócio que pretenda ser economicamente sustentável e rentável. Há soluções e tecnologias disponíveis para todos os perfis de empresas e suas diferentes necessidades.
Decidir implantar a gestão de energia elétrica já é um primeiro passo rumo a novos indicadores de performance. Adotar as melhores soluções e recursos que apoiem essa transição pode ser um diferencial para extrair o potencial máximo de mudança que uma empresa pode alcançar. Assim, a gestão energética poderá de fato cumprir o que promete – economia, eficiência energética e competitividade.
A necessidade de monitorar o consumo de energia se impõe a uma parcela cada vez maior de empresas, especialmente nos segmentos marcados por alto consumo. Fazer gestão de energia, promover ações de eficiência, quantificar custos de produção e buscar operações sustentáveis já não são itens opcionais para quem quer garantir a competitividade no mercado.
É nesse contexto que a medição setorial, ou sub medição, ganha importância, pois ela auxilia organizações a encontrarem os “vilões” do consumo em seus negócios para que possam assim planejar medidas buscando maior eficiência.
Não é de hoje que a energia elétrica representa um dos principais custos para estabelecimentos comerciais e indústrias de diversos ramos. Sabemos que para uma empresa se manter competitiva, os custos com a energia precisam ser controlados e, quando possível, reduzidos. E para fazer a gestão de energia voltada à eliminação de desperdícios e ao combate à ineficiência, é preciso conhecer o perfil detalhado de consumo das organizações e seus potenciais de economia. É aí que entra a medição setorial.
Dentro de um estabelecimento comercial ou de uma indústria, utilizando-se a medição setorial como ferramenta. É possível até mesmo proceder de forma mais exata e segura ao rateio da conta entre os centros de custos de uma empresa e entre condôminos, no caso de condomínios comerciais ou shoppings, já que a medição setorial identifica, separadamente, o consumo de setores, departamentos e lojas.
Assim, a medição setorial é uma fonte de dados riquíssima para a gestão de energia, representando um investimento que tem se tornado foco de muitos gestores. Com as facilidades trazidas pelas tecnologias recentes, é também uma solução cada vez mais simples de ser implantada, com custos atrativos, o que tem levado ao crescimento desse mercado.
Conhecendo o perfil de consumo e os pontos de ineficiência existentes em uma empresa, gestores podem adotar ações com potencial de economia relevantes e reflexos expressivos no custo operacional. As medições setoriais, além de apontarem as ações mais assertivas, ainda permitem monitorar os resultados alcançados com elas. Vamos a alguns exemplos:
A medição do consumo da iluminação permite mensurar a economia gerada pela substituição de lâmpadas por outras mais eficientes e monitorar seu desempenho com o tempo.
Caso o empreendimento possua gerador de energia e ele seja utilizado no horário de ponta (que é o horário cujo consumo de energia é maior), o monitoramento da geração permite ser preciso na quantidade de energia gerada e principalmente no horário que ela deve gerar.
É importante acompanhar de forma contínua o horário de utilização da iluminação, ar condicionado e outros equipamentos, evitando o consumo indevido em períodos sem necessidade.
As máquinas podem estar consumindo energia a um custo maior do que o da sua substituição por outras mais eficientes. Além disso, a medição e o monitoramento permitem identificar anomalias e ineficiências.
A identificação da máquina que está gerando maior volume de energia reativa e o quanto está impactando a rede é um passo importante na definição do plano de correção do fator de potência. É importante também que se monitore de forma contínua o resultado da operação do banco de capacitor, evitando multas decorrentes de falhas operacionais.
As medições setoriais ajudam ainda a definir e acompanhar metas de redução, possibilitando comparar unidades ou setores da empresa entre si e motivando ações de consumo eficiente.
Portanto, a medição setorial orienta potenciais de economia e as ações de eficiência que trarão os maiores resultados. Além disso, permite que esses resultados sejam monitorados com um acompanhamento contínuo das operações.
Ratear os custos da energia elétrica de forma justa entre unidades consumidoras não é uma tarefa fácil, já que a composição dos custos de energia de uma unidade em média ou alta tensão também não é simples.
É comum condomínios comerciais realizarem o rateio de forma imprecisa, com uma forma de cálculo que não reflete a realidade das proporções de consumo, como, por exemplo, baseada na área (m2) de cada estabelecimento.
Na indústria, o rateio por centro de custo, conforme o custo de produção, muitas vezes é feito de forma estimada ou até dividido igualmente entre áreas que consomem energia de formas distintas.
A medição setorial permite um rateio justo e baseado em dados confiáveis. Com ela, torna-se possível fazer o cálculo de diversas formas, baseado em diferentes critérios, mas todas elas de maneira precisa e segura. Cabe a cada empresa entender que forma melhor se enquadra ao seu contexto e necessidade, para que obtenha os melhores resultados possíveis.