Promover a economia de energia elétrica nas empresas pode gerar ganhos significativos a longo prazo, que vão além do financeiro. Através do uso racional do recurso de energia, torna-se possível eliminar desperdícios de forma a atingir uma alta eficiência energética operacional. Geralmente, o impacto do custo de energia é enorme nas contas da maioria das empresas, independentemente do tipo de negócio e de seu segmento de atuação.
Devido ao fato do Brasil possuir uma das tarifas de energia mais altas do mundo, este impacto pode ser ainda maior. Para exemplificar, temos no setor industrial os custos com energia representando cerca de 40% de todos custos associados à produção. Por esse motivo, economias em energia são consideradas excelentes alternativas para redução de custos, proporcionando maior lucratividade e tornando o negócio mais competitivo.
Para diminuir os custos com um recurso tão necessário para o funcionamento do negócio sem comprometer a operação e os resultados, é importante adotar medidas eficazes de economia de energia. Continue a leitura deste artigo para conferir dicas úteis para as empresas, e como as boas práticas que geram ganhos em eficiência energética podem levar a produzir mais gastando menos.
Para se manterem competitivas, mesmo diante de um cenário econômico adverso, as empresas precisam adotar uma série de medidas a fim de reduzir seus consumos e custos.
Listamos 7 dicas para promover economia de energia nas empresas. Confira a seguir:
A fatura da conta de luz apresenta dados sobre o fornecimento de energia, assim como detalhes específicos sobre a cobrança dos serviços oferecidos. Informações relevantes que podem auxiliar na identificação de padrões de consumo que podem embasar a tomada de decisões sobre compra de energia, melhor enquadramento tarifário, infraestrutura, otimização de processos, entre outras medidas que promovem economia de energia elétrica. A gestão das faturas de energia elétrica de forma automatizada permite que as empresas tenham um controle real sobre essa despesa, servindo como valiosa fonte de dados para subsidiar decisões voltadas à eficiência energética em uma organização. Nesse sentido, a leitura automatizada das faturas de energia é um das medidas adotadas para promover eficiência operacional e reduzir custos com energia na empresa.
Realizar a gestão e monitoramento do consumo de energia elétrica continuamente por meio do uso de sistemas de automação e controle de energia permite obter um dimensionamento mais realista do consumo e demanda assim como avaliar possibilidades de economia de energia elétrica nas empresas. Com o auxílio de um software de gestão de energia, torna-se possível identificar qual é o enquadramento tarifário mais adequado de acordo com o perfil de consumo da sua empresa, fator que possibilita avaliar se a modalidade tarifária está adequada. Caso não esteja, é possível negociar com a distribuidora o enquadramento adequado dentre diferentes modalidades tarifárias.
A demanda contratada de energia pode ser entendida pela quantidade de potência disponibilizada pela distribuidora na unidade consumidora, que pagará por este serviço. Além disso, o contrato de demanda contratada também tem objetivo de manter os consumidores dentro dos limites contratados, a fim de evitar sobrecarga no sistema elétrico por falta de planejamento ou uso excessivo.
Para avaliar se a demanda contratada é mais adequada, primeiramente, uma empresa deve conhecer o seu perfil de consumo e a evolução de sua demanda em diferentes períodos do ano. É possível fazer essa avaliação a partir do monitoramento sistemático da sua carga por meio de um software de gestão de energia.
A iniciativa permite identificar oportunidades de otimizar a utilização da rede elétrica, contribuindo com a economia de energia nas empresas. Contratar uma demanda adequada ao perfil do consumidor é muito importante para evitar custos com contratos superdimensionados ou com penalidades por ultrapassagens em contratos subdimensionados.
A maioria dos consumidores não sabe que as concessionárias de energia elétrica cobram uma multa em caso de má utilização da energia elétrica. A cobrança adicional é aplicada às empresas que fazem uso excessivo da energia reativa gerada por equipamentos como motores mal dimensionados, máquinas de solda, transformadores, bombas hidráulicas, elevadores, entre outros.
O valor cobrado pelo excedente pode representar um impacto financeiro significativo às empresas a longo prazo. Para identificar os potenciais de economia de energia nas empresas, é necessário ter uma visão macro do comportamento de consumo e demanda. Esse acompanhamento pode ser feito por meio da adoção de soluções que ajudam a identificar potenciais de economia de energia elétrica nas empresas.
Adotar um sistema de gestão de energia, bem como boas práticas de otimização do consumo deste recurso, afetam diretamente nos ganhos em eficiência energética. O monitoramento em tempo real do desempenho energético da empresa é de suma importância, pois permite um controle maior do consumo de energia, acarretando em menores custos de produção e melhoria da rentabilidade dos negócios.
É imprescindível que a contratação de uma solução para monitoramento do consumo de energia atenda aos requisitos exigidos pela ISO 50001, que é a norma que estabelece a adequação dos processos para um melhor desempenho energético a partir da aplicação de medidas que promovam ganhos em eficiência energética, e também a otimização do consumo. Iniciativa que promove não apenas redução de custos, como também a operação sustentável do negócio. Um diferencial competitivo estratégico, independente do segmento de atuação da empresa.
Contratar uma consultoria especializada em gestão de energia é uma alternativa para empresas que buscam migrar para Geração Distribuída: modelo de produção de energia elétrica por meio de pequenas centrais geradoras que utilizam fontes de energia renováveis localizadas nos próprios pontos de consumo ou sob uma mesma área de concessão.
Esse modelo de geração promove o uso racional e sustentável da energia, pois permite ampliar a capacidade energética com menor impacto ambiental e menor sobrecarga sobre o sistema, ao mesmo tempo em que traz economia e competitividade aos consumidores.
Empresas elegíveis ao Mercado Livre de Energia devem fazer uma análise da viabilidade econômica em migrar para esse ambiente de contratação. Para isso, é importante contar com auxílio de uma consultoria especializada em gestão de negócios do mercado livre. Afinal essa decisão precisa ser tomada de maneira segura já que, após a migração, a distribuidora pode estipular um prazo de até cinco anos para que a empresa volte ao mercado regulado.
Migrar para o Mercado Livre de Energia oferece diversos benefícios. Além de terem acesso a tarifas mais vantajosas, os agentes do Mercado Livre negociam as condições de compra e aproveitam os benefícios da previsibilidade financeira, pois sabem quais serão seus custos a longo prazo, já que estarão devidamente estipulados em contrato.
Agora que você conferiu as principais dicas para promover economia de energia, conheça as soluções da Way2 para gestão de energia nas empresas.
A biomassa é considerada uma fonte de energia limpa e renovável. Feita a partir do bagaço da cana-de-açúcar, restos de madeira, carvão vegetal, casca de arroz, capim-elefante, entre outros recursos naturais. De acordo com relatório Florestas Energéticas, o Brasil tem potencial para gerar 11,6 GW por ano a partir da energia de biomassa de florestas plantadas, o equivalente a mais de duas usinas hidrelétricas como a de Belo Monte.
Projeções otimistas indicam que, em 2040, quase metade da energia usada no país deve vir de fontes limpas e renováveis, que inclui a biomassa para geração de energia. Isso se deve aos inúmeros benefícios na geração da energia de biomassa, como o baixo custo de aquisição. Além do fato de ser menos poluente ao meio ambiente em comparação aos combustíveis fósseis, reduzindo o impacto ambiental no processo de conversão de biomassa em energia.
No entanto, do momento em que o resíduo da moagem da cana é gerado e até se tornar energia elétrica. Sendo consumida ou comercializada, ocorre uma sucessão de processos que consomem energia e recursos. O desafio fica em desenvolver tecnologias eficientes para que esse processo seja limpo e sustentável, além de rentável.
A introdução da tecnologia no gerenciamento das operações agrícolas foi um dos fatores de maior impacto na redução dos custos de produção da cana-de-açúcar no Brasil. O controle em tempo real de todas as operações trouxe segurança, redução de custos e previsibilidade de desempenho.
E isso vale, agora, para o setor sucroenergético. Para conseguir obter o máximo de vantagens na geração da energia de biomassa, a usina deve gerenciar melhor os processos com objetivo de conquistar maior eficiência operacional. Entenda como neste artigo!
Usinas de geração da energia de biomassa que adotam recursos tecnológicos para realizar o efetivo controle e monitoramento em tempo real da medição de faturamento de energia elétrica (SMF – Sistema de Medição para Faturamento) tendem a apresentar ganho em eficiência operacional.
O monitoramento automatizado permite prevenir erros de contabilização da energia gerada ou corrigir anomalias em tempo hábil. Além de gerar indicadores de desempenho confiáveis que facilitam a tomada de decisões para promover uma gestão mais eficiente da geração de energia de biomassa.
Por isso, um dos caminhos possíveis para alcançar a eficiência energética e operacional é integrar uma tecnologia de análise de dados para gestão eficiente do Sistema de Medição para Faturamento (SMF). Afinal, é através desse sistema que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tem acesso aos dados de geração de energia para sua devida contabilização, de modo que o agente possa ter a correta remuneração pela energia gerada.
Adotar um sistema de gestão da medição para faturamento garante maior segurança na contabilização da energia. Uma vez que as informações registradas nos medidores são validadas de forma automatizada. Isso permite assegurar que toda energia gerada seja contabilizada da melhor maneira possível, mitigando possíveis riscos de perda de receita ocasionado por erros de medição. Vale ressaltar que o sistema de medição para faturamento é considerado a caixa registradora da usina. Ou seja, erros ou inconsistências serão impactados diretamente no faturamento do empreendimento.
Dessa forma, a usina de energia de biomassa passa a ter uma eficiência energética e operacional maior. Evitando perdas que podem parecer insignificantes a curto prazo, mas que somadas podem ser bastante representativas se persistirem a longo prazo. Principalmente, para a gestão de energia da usina.
Apesar das usinas de energia de biomassa possuírem outras fontes de rentabilizar seus negócios com a comercialização de açúcar, etanol, papel e grãos, nos últimos anos boa parte da receita dos empreendimentos de biomassa está sendo da geração de energia. Outro ponto favorável para a geração da energia de biomassa é que o Brasil oferece excelentes condições para a produção. Além do uso energético da biomassa em larga escala.
Dados que reforçam a importância de adotar uma solução de gestão da medição para faturamento que possibilite acompanhamento dos indicadores de performance do ativo de geração por meio da gestão inteligente de dados de medição e demais processos da usina. Fator que contribui para fornecimento de insumos para que agentes geradores de energia ganhem maior eficiência operacional, assegurando ainda a adequação ao atendimento regulatório da usina para evitar penalidades.
A comercialização de energia elétrica pelas geradoras deve atender alguns requisitos técnicos e operacionais, tanto para contabilização do montante gerado – de responsabilidade da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) –, como para o levantamento do uso do sistema de transmissão, por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Por isso, a CCEE exige que todos os parques geradores tenham o Sistema de Medição para Faturamento (SMF), onde será obrigatória a instalação dos medidores, sendo necessária no mínimo no ponto de conexão com a rede básica. O SMF é responsável pelo registro do fluxo de energia elétrica que entra na usina (consumida) e que sai dela (gerada), permitindo que o montante de energia injetado ou consumido na rede seja contabilizado e devidamente faturado.
Este sistema, formado por medidores, transformadores e outros equipamentos ancilares é cadastrado e registrado no Sistema de Coleta de Dados de Energia Elétrica (SCDE) da CCEE, e está sujeito à penalidades em casos de não conformidade com os requisitos impostos pelos órgãos reguladores.
As penalidades aplicadas implicam em multas que variam conforme o tipo de infração, da tensão de operação, do agente e outros fatores. O módulo 6 dos Procedimentos de Comercialização da CCEE classificam essas infrações em três grupos. São eles:
O primeiro trata diretamente do cadastro dos pontos de medição no SCDE, como números de série dos medidores, transformadores de potencial e corrente, relações de transformação, datas de calibração e demais características dos equipamentos utilizados no SMF. Em caso da não atualização ou incompatibilidade dos dados cadastrais do ponto de medição (medidores), o agente corre risco de ser penalizado.
A multa para a infração na adequação do SMF, aplicada para cada ponto de medição, corresponde a R$5.000,00 (cinco mil reais) multiplicado pelo Fator de Penalidade – FPE, que varia conforme o nível de tensão no ponto de conexão, podendo ser 1, 2, 4, 8 ou 16. Ou seja, a multa varia de R$5.000,00 (cinco mil reais) para tensões até 30kV (FPE=1), podendo chegar até R$80.000,00 (oitenta mil reais) para tensões iguais ou maiores do que 230kV (FPE=16).
A CCEE deve ter acesso aos medidores de faturamento para realização da inspeção lógica, procedimento padrão e rotineiro para avaliar a consistência dos dados de medição, consistência da configuração do medidor e verificação das medições recebidas, validando o estabelecimento do canal de comunicação e se os dados recebidos equivalem aos registrados na memória de massa dos medidores e se os mesmos não possuem fraude através da alteração de seus parâmetros.
Os dados de medição podem ser coletados diretamente dos medidores pela CCEE por meio da coleta ativa ou enviados pelo agente de medição via coleta passiva. Em ambos os casos, a validação dos dados é realizada pela CCEE por meio da inspeção lógica.
Está sujeito a penalidade quando, dentro de um mesmo mês civil, a CCEE realiza três tentativas consecutivas fracassadas de acesso ao medidor (a CCEE tem a obrigação de comunicar ao agente na ocasião da primeira falha).
Para a infração na inspeção lógica a multa corresponde à R$1.500,00 (mil e quinhentos reais), multiplicado também pelo FPE. Neste caso a sanção varia de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) até R$24.000,00 (vinte quatro mil reais) para as mesmas tensões supracitadas.
Já em relação à coleta a infração decorre da ausência de dados de medição por um período maior do que 72 horas ininterruptas ou 120 horas alternadas no mês de apuração, considerando os dados após o término do período de fechamento de mês (do 4º ao 7º dia útil do mês seguinte de apuração).
Neste caso a sanção pecuniária aplicada ao agente é definida pela equação abaixo:
Em que:
Os valores aplicados variam de R$5.000,00 (cinco mil reais), que é o valor mínimo, aumentando de acordo com o montante de energia gerado, o número de horas sem coletas e o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) no mês.
Essas multas podem ser aplicadas mensalmente pela CCEE até que sejam corrigidas as inconsistências no SMF, restabelecido o canal de inspeção lógica com os medidores e regularizado o envio de dados ao SCDE.
Muitos agentes não se atentam à estas exigências ou acabam não conseguindo gerenciar estas intervenções dentro do prazo estipulado, se enquadrando como infratores.
Considerando o dia a dia da operação e conhecendo as principais causas de penalidades em cada um desses grupos, separamos três dicas valiosas para atender as exigências da CCEE sobre o SMF, de modo a evitar problemas.
De acordo com o ONS, a manutenção preventiva de cada SMF deve ser feita a cada dois anos. Além disso, os medidores devem passar por calibração a cada cinco anos.
A manutenção preventiva objetiva verificar as conexões do sistema, condições de operação dos componentes e parametrização dos medidores. Já a calibração do medidor visa ajustar a exatidão e verificar se a precisão das medidas ainda atende a especificação exigida.
Seguir a agenda de manutenções do SMF é crucial para manter o sistema em plena condição de funcionamento e evitar possíveis problemas e penalidades. Nos casos de substituição de algum componente também é necessária a atualização do cadastro do SMF no SCDE, como por exemplo número de série e certificações.
Adotar essa medida é essencial para evitar penalidades. Isso porque o acompanhamento da conexão CCEE-Medidor é fundamental para verificar possíveis quedas na conexão entre medidor e SCDE e consequentes atrasos no envio dos dados ou inspeções lógicas malsucedidas, antecipando-se ao órgão regulador e evitando penalidades.
Ao não monitorar esse canal, o agente que possui problemas no sistema de comunicação do SMF só fica ciente da falha após a inspeção lógica malsucedida e advertência do órgão regulador. Um sistema que permita o acompanhamento contínuo e em tempo real possibilita ao agente mais tempo para tomar ações corretivas necessárias ao restabelecimento do sistema. No caso da coleta passiva é possível integrar um sistema de gestão e supervisão que viabiliza o monitoramento do canal de comunicação em tempo real.
Em muitos casos, mesmo com a perfeita comunicação entre medidores e SCDE, ocorrem algumas falhas na medição, provenientes de quedas na alimentação do sistema, intempéries, intervenções e manutenções nos equipamentos, falhas nos próprios medidores e componentes anexos.
Essas diferentes situações podem implicar em lacunas nos dados de medição. A depender da periodicidade e gravidade destes eventos, as lacunas geradas podem enquadrar o ponto de medição nas condições de infração. Um outro ponto é, em caso de intervenção e manutenção ou defeito em algum equipamento, a medição pode não ser consistente. Então como saber, em tempo, se os medidores registraram e enviaram corretamente os dados para a CCEE, e se os mesmos são consistentes?
Com um sistema de gestão da medição operado por equipe especializada, é possível acompanhar, em tempo real, o status de comunicação com os medidores, além de contar com recursos desenhados para gerar insumos à tomada de ação, tais como alarmes para comunicar falhas e inconsistências na medição, alarmes de inspeção lógica malsucedida, ferramenta de consolidação de dados, gráficos, relatórios e diversos outros recursos que permitem um gerenciamento acurado destas informações.
Muitos agentes geradores de energia realizam o acompanhamento dos seus dados através do SCDE, plataforma da CCEE. Nele, são cadastrados os medidores e pontos, e é onde se pode consultar os dados coletados com integração horária, inserir notificações e realizar ajustes de medição.
O SCDE permite acompanhar os dados de medição por meio de diferentes relatórios, contudo, estes devem ser solicitados cada vez que se deseja consultar essas informações. Caso o agente queira validar uma medição, ele deve entrar no SCDE e solicitar a geração do relatório na plataforma. Ainda, vale destacar, o SCDE apenas disponibiliza os dados coletados no dia seguinte a apuração, pois o sistema não permite um acompanhamento dos dados em tempo real para tomada de decisão ou até mesmo para identificação de diferentes situações de falhas no SMF, tais como: relógios dos medidores defasados, discrepâncias na medição, falhas na coleta, dentre outras.
Assim sendo, o SCDE está mais para uma interface entre o agente e a CCEE, permitindo que o agente tenha acesso a dados básicos de geração da usina.
Os softwares de gestão e operação em tempo real da medição permitem uma maior eficiência na resolução de problemas e no acompanhamento dos dados de geração, e podem ser operados de duas diferentes maneiras: internamente, por meio da aquisição da licença do software ou terceirizando toda a operação da medição.
Neste caso, o software de gestão da medição é um produto, instalado na infraestrutura local da empresa e é operado por sua própria equipe. Essa categoria permite aos usuários maior customização e independência na operação, mas exige considerável investimento na estrutura de servidores, necessidade de equipe de TI apta a instalar e dar manutenção no sistema, assim como prover sistema de segurança da informação.
Alternativamente, a operação do sistema e demais atuações relacionadas podem ser um serviço de gestão da medição. Além de contar com equipe especializada, essa modalidade dispensa maiores investimentos em infraestrutura, contratação e treinamento de colaboradores.
A vantagem de ter um custo fixo mensal durante a vigência do contrato permite maior previsibilidade da situação financeira da empresa. Além disso, outras responsabilidades como atualização de software, segurança da informação, suporte técnico e monitoramento, assim como todos os trâmites junto aos órgãos reguladores, ficam à cargo do fornecedor do serviço de gestão.
Na área de geração, muitas vezes, o foco está na operação da usina, na manutenção dos equipamentos, logística de combustíveis ou planejamento de curto, médio e longo prazo a depender da fonte de energia (biomassa, hídrica, nuclear, etc). Dessa forma, contando com uma equipe terceira dedicada à gestão dos dados de medição, o agente gerador consegue otimizar recursos destacando seus profissionais especializados para atuar verdadeiramente no business da companhia.
Entenda como funciona o serviço de Gestão e Operação da Medição para faturamento na Way2.
A eficiência energética ocupa cada vez mais espaço no mundo dos negócios, seja porque a energia representa um insumo operacional caro, seja porque é preciso discutir caminhos produtivos mais sustentáveis se pensamos em frear as mudanças climáticas para garantir um futuro mais promissor às próximas gerações.
No universo empresarial, especificamente, eficiência energética pode ser a chave para tornar um negócio mais competitivo e rentável, já que a redução de custos operacionais é um dos seus principais benefícios.
Se esse é o desejo de sua empresa, esse artigo traz informações que podem ajudar. Abordamos nele o que é eficiência energética, seus benefícios e como implantar um projeto de eficiência energética para alcançar economias expressivas e maior competitividade no mercado. Confira:
Eficiência energética é produzir mais ou a mesma coisa tendo um gasto de energia menor. Em nichos de negócio que não envolvem a produção de bens, a eficiência representa operar por mais ou pelo mesmo tempo com um consumo de energia menor. Ou seja, o custo de uma unidade operacional ou de uma unidade produtiva torna-se mais baixo quando o negócio é caracterizado pela eficiência energética.
Justamente por isso, uma das principais – e mais positivas – consequências da eficiência energética é trazer maior competitividade às empresas. Pois se você gasta x de energia para fabricar um bem ou para fazer sua empresa operar durante uma hora e seu concorrente gasta 1,2x na mesma tarefa, você se coloca à frente da concorrência.
Os benefícios da eficiência energética para uma empresa são fáceis de enxergar e já foram elencados aqui. Redução de custos, economia, eficiência operacional, maior rentabilidade e competitividade são vantagens palpáveis e desejáveis para qualquer gestor.
Mas as vantagens de empresas e indústrias reduzirem o consumo de energia em suas operações não param aí e alcançam toda a sociedade. Trazem como reflexo menor impacto ambiental, produtos e serviços mais baratos para os consumidores e menor investimento público na expansão da matriz energética. São benefícios expressivos, que vão ao encontro de uma busca planetária por modelos mais sustentáveis de negócio.
A eficiência energética no Brasil ainda é “jovem”. Até a década de 90, o país produzia mais energia do que consumia e não havia consciência sobre a necessidade de um consumo racional. Depois, com aumentos sucessivos das tarifas e crises de abastecimento, é que se passou a olhar para a eficiência energética como uma necessidade.
O próprio sistema elétrico nacional em si é ineficiente – mais de 30% da energia elétrica gerada não chega ao consumo, já que há muitas perdas na transmissão.
Assim, a eficiência energética não interessa apenas às empresas e a seus resultados, mas a toda a sociedade brasileira. Não à toa se encontram com facilidade chamadas públicas de eficiência energética, com linhas de financiamento e incentivo a projetos de eficiência energética para empresas, como forma de estimular essa mudança de mentalidade nas organizações.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, os setores da indústria e do comércio estão entre aqueles com maior potencial de redução no consumo. Em cada segmento, as estratégias podem variar bastante, mas trazem, a todos eles, impactos positivos relevantes, já que a energia elétrica é um custo cada vez mais pesado para os diversos setores da economia.
O monitoramento do consumo de energia pode ser feito de diversas maneiras, até mesmo manuais. No entanto, quanto mais seguro for o procedimento adotado, mais confiáveis serão os parâmetros gerados e, com isso, mais assertivas serão as ações planejadas, pois estarão alinhadas às reais necessidades operacionais de cada empresa.
O processo para se obter um diagnóstico confiável pode ser facilitado por tecnologias que combinam medidores e softwares. Essas soluções viabilizam um monitoramento permanente, sistemático e automatizado do consumo e, com isso, geram insights para adequações contratuais e de infraestrutura, estimulam mudanças de comportamento e até a reavaliação de toda operação de um estabelecimento visando à redução de custos.
Muitas empresas já estão revolucionando a maneira como se relacionam com a energia, enxergando a eficiência energética como premissa de negócio. Nessas organizações, cada kWh contratado é visto como um ativo, alocado onde haja maior retorno, seja na cadeia produtiva e operacional ou nas oportunidades de negociação de excedentes.
A empresa que age dessa forma aumenta sua competitividade e sua economia, ao mesmo tempo em que se torna agente promotora de sustentabilidade ambiental. O caminho para alcançar esse resultado começa no autoconhecimento da organização sobre como a energia se insere em suas operações e começa também na vontade de mudar essa relação.
A despesa com energia elétrica equivale de 1 a 2% do faturamento dos estabelecimentos, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Em shoppings e supermercados, perde apenas para a folha de pagamentos. Abordamos de forma específica a eficiência energética nos supermercados no Webinar: Gestão de Energia em Supermercados.
A eficiência energética nos frigoríficos também se insere nesse contexto. Esses estabelecimentos, assim como os supermercados, sofrem com o consumo de refrigeradores, sem contar a instalação de climatização, iluminação e outros equipamentos.
Em alguns segmentos da indústria, a energia pode representar mais de 40% dos custos de produção. Ela é o principal insumo em quase 80% das indústrias, segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Na indústria de alumínio, chega a alcançar 70% dos custos de produção, conforme indica a associação que representa o setor.
Antes de mais nada, é importante ter claro que qualquer empresa, seja qual for o segmento ou o porte, é capaz de implantar um projeto de eficiência energética e alcançar os benefícios que ele pode trazer.
Por outro lado, devemos ter a clareza também de entender que não há um modelo pronto a seguir. Algumas ações e estratégias são comuns às organizações em geral, mas um planejamento assertivo dependerá de um autoconhecimento sobre o perfil de consumo de cada negócio.
Queremos reforçar que você precisa saber onde e como a sua empresa gasta energia, quais são os gargalos em seus processos e quais são os comportamentos que acarretam desperdício na sua organização, para poder assim identificar os pontos de ineficiência e as oportunidades de melhoria do seu negócio. Só assim é possível traçar as estratégias mais eficazes para de fato ter eficiência energética e todos os benefícios que ela pode oferecer.
De forma geral, podemos dizer que as formas de se ter eficiência energética envolvem:
Aquisição de produtos, equipamentos ou serviços específicos podem trazer maior eficiência, desde a compra de aparelhos de ar condicionado com selo A do Procel, até a adoção de softwares de gestão de energia que automatizam o monitoramento do consumo e geram indicadores para a tomada de decisões voltadas à eficiência energética.
O controle nada mais é do que monitorar, de forma permanente, o consumo, para entender e atacar os processos, equipamentos e recursos causadores de desperdício e as oportunidades de otimização. Esse controle pode ser feito de forma caseira, por meio de planilhas eletrônicas, ou de forma automatizada, com o auxílio de plataformas de gestão, como já dito.
A eficiência energética é diretamente influenciada pela cultura organizacional e pelos hábitos e comportamentos das equipes. Ações direcionadas a mudar comportamentos, para melhor, também fazem parte de um projeto de eficiência energética. Elas podem ir desde iniciativas simples, como campanhas de conscientização, até ações mais complexas, como treinamentos para o uso adequado de equipamentos e mudanças em procedimentos para otimizar o gasto de energia nas atividades desenvolvidas.
Dentro desses três eixos, há uma série de ações e medidas que podem ser planejadas conforme as características de cada empresa. E elas vão muito além da substituição de lâmpadas e aparelhos de ar condicionado, como comumente se pensa.
A eficiência energética garante, sem riscos, economia, alta performance, maior competitividade e rentabilidade. Pode, logicamente, haver um potencial maior ou menor de economia em cada empresa, a depender das ações implementadas e da assertividade ao planejar o projeto de eficiência energética. Mas há soluções para todos os tipos de negócio. Basta identificá-las e colocá-las em prática.
Devemos lembrar sempre também que, ao alcançar eficiência energética, uma empresa vai muito além de reduzir gastos e deixar seu negócio mais competitivo. Ela se torna protagonista de uma mudança em modelos produtivos, uma tendência mundial que busca uma relação mais responsável e sustentável com a energia. Empresas que trilham esse caminho abrem novas oportunidades de investimentos e resultados e participam diretamente de uma transformação que beneficia de forma relevante toda a sociedade e as futuras gerações.